Janeiro de 2021


A nossa equipa estava reunida de para analisar o ano de 2020 e delinear estratégias e objetivos para 2021.

O ano 2020 tinha sido bastante mau.
No início do ano todos indicadores faziam-nos prever um ano francamente bom e as expetativas eram altas.
Ainda não tinha terminado o 1º trimestre quando fomos confrontados com uma pandemia que obrigou ao que até ao momento era impensável.
Empresas fecharam portas, as pessoas ficaram em casa, eventos cancelados, celebrações proibidas.

Mas esta reunião não era para “lamber feridas”, apesar da incerteza no futuro, acreditávamos no nosso trabalho, estávamos certos da qualidade do que fazíamos.

Estávamos em plena discussão sobre preços, escalões de descontos e quantidades mínimas, quando alguém pergunta.

- Porquê? Porque é que impomos quantidades mínimas em todos os nossos produtos?

Parámos, olhámos uns para os outros, a pergunta parecia muito idiota.
Após uns segundos de silêncio.

- Porque não justifica personalizar apenas uma peça.

Respondeu outro

- Então temos de rever o nosso sistema de produção!
Temos 10.000.000 de habitantes.
Pouco mais de 1.000.000 de empresas, dessas 99% são micro e pequenas empresas.
Uma micro empresa tem menos de 10 pessoas.
A maior partes das festas de aniversário têm menos de 10 pessoas.
Num lar temos um casal e 1,4 filhos.
A toda esta gente dizemos que se quiserem 1 t-shirt só vendemos 25, se quiserem uma caneca, têm de comprar 10 e esferográficas têm de ser pelo menos 50.
Não estamos alinhados com as necessidades dos nossos clientes.

O debate ficou aceso face às várias opiniões.
Uns achavam que os custos para personalizar apenas 1 peça eram impraticáveis.
Outros defendiam que a personalização de 1 peça era artesanato logo não era a nossa área.
Outros ainda faziam contas à dor de cabeça que seria a gestão de stocks.

Foi já depois da pausa do café com os ânimos mais serenos, que fizemos um exercício a que chamámos “Faz de conta que é possível”.

Cada um de nós pegou no aspeto que achava mais desfavorável e apresentava uma solução para ele sem olhar a custos nem a meios

Apresentadas as soluções, foram discutidas, analisadas, otimizadas e concluímos que:

  • Eram precisos recursos humanos – que tínhamos
  • Precisávamos know how – que tínhamos
  • Precisávamos de equipamentos – que também tínhamos, apenas seriam necessárias algumas atualizações e adaptações.

A final a pergunta inicial não era idiota nem absurda.

Fazia sentido e era possível alinhar o nosso modus operandi com as necessidades dos nossos clientes.

Durante 6 meses, traçamos estratégias, investimos em equipamentos de nova geração, adaptámos máquinas e equipamentos e lançámos este projeto a que chamámos Vamos Personalizar.

Neste projeto pretendemos fazer o que sempre fizemos, a personalização de objetos.

  • Objetos personalizados, não com o que nós gostamos, mas sim de acordo com o gosto e necessidade do nosso cliente.
  • Ter um catálogo em constante evolução onde o nosso cliente possa encontrar um objeto para personalizar independentemente da ocasião.
  • Oferecer produtos de qualidade, personalizados profissionalmente com as melhores técnicas do mercado.
  • Com uma política de quantidade mínima = a 1, queremos dar a possibilidade da Lucrécia, à Clotilde e o Felisberto também terem uma t-shirt, uma caneta ou um porta-chaves com o seu nome.

Este é o nosso projeto.

Esta é a nossa missão.


Agora que nos conhece, permita que lhe faça uma pergunta.
Vamos Personalizar?